POST ACTUALIZADO
Este post vem a propósito da minha aparição no programa Prova Oral do
Fernando Alvim, no dia 26 de Janeiro, onde inicialmente estava previsto estarmos lá as duas:
EU e a
MARIA PORTO. Ela não pôde participar, mas eu achei pertinente falar dela agora. Já vão perceber porquê!
Só somos comparáveis porque somos ambas muito especiais.
Leio o blog da Maria há imenso tempo e sempre saí a rir, de cada vez que a lia. Ambas escrevemos sobre sexo. Ambas relatamos o que vivemos. Ambas transpiramos tesão. Somos as duas morenas, de cabelo comprido, MULHERES DO NORTE, CARAGO!!!, e ambas temos um livro publicado, sobre experiências sexuais!
Ela escreve sobre o que viveu com os clientes (foi prostituta de luxo e não se arrepende – o que acho muito bem, basta de hipocrisias – ela é das minhas!) e eu escrevo o que vivo com o meu marido (que me dá tesão todos os dias e eu assumo que o comeria a todas as horas, se a vida no-lo permitisse!). Ela é mais provocadora na linguagem que utiliza, o que torna os relatos cheios de humor. Eu sou mais acutilante a provocar emoções nas pessoas.
MARIA, amiga da FELINA, uma MULHER de 19 anos que já viveu tanto, tanto. Tenho orgulho nela. Prostituta, mas com dignidade!
É engraçada esta dualidade.
Gostava muito que quem comprasse o meu livro, comprasse o dela também ( e vice versa) e tivesse, assim, a oportunidade de ver as duas faces de uma mesma moeda. O sexo em Portugal: o sexo que alguns homens casados têm em casa e o sexo pago que outros homens casados procuram fora. Acho que muitas mulheres deviam reflectir e ver que é possível salvaguardar um casamento, se lhes dermos TUDO o que eles querem. Acredito mesmo nisto!
(Isto apenas na perspectiva feminina, porque o homem deve empenhar-se TANTO como a mulher!!!)
A Maria já não é prostituta, mas, com o livro que agora publica, eterniza as suas vivências, tal como eu eternizei aquelas que vivi durante cerca de um ano, até Outubro do ano passado. Muito mais vivenciei desde então, mas pouco está aqui no blog. Está na gaveta, como se costuma dizer! Muito sexo engavetado.
Admiro a Maria, mais ainda por ter tido a coragem de mostrar o rosto, de se assumir inteiramente, coisa que eu não fui capaz de fazer. Eu fui à TV de máscara e atrás dela me escondi até para dar entrevistas e autógrafos. Pelo que tenho visto, não teria perdido nada, se tivesse mostrado o rosto, nada fiz que me envergonhe.
Oxalá esta exposição só traga benefícios à Maria!
Agora, pelo amor de Deus, não comprem o livro da Bruna Surfistinha, tão publicitada ultimamente. Isso é sexo brasileiro. Importado. Não tenho absolutamente nada contra, mas socialmente falando, se querem acesso à realidade, comprem o livro da Maria e comprem o meu livro. E terão a noção verdadeira do que é o sexo, em casa e fora dela!
Deixo aqui um beijo público à Maria (ou Andreia, tanto faz, para mim) a minha Amiga.
Pensando bem...
Somos tão DIFERENTES assim?
Comentário de uma leitora:
Anonymous said... (Cláudia Miranda)
A grande diferença entre ambas é que se nota a realidade das palavras dela em cada letra que lemos, enquanto no teu caso se nota uma tentativa de conciliar os papéis de meretriz e excelente mãe de família. entre tesuda e apaixonada.
Os pormenores que por vezes insistes em detalhar deixam a adivinhar uma imaginação fértil de alguém que não resiste a um bom cliché "hollyodesco" de uma comedia romântica de domingo à tarde (as descrições de boa mãe de família que de repente se torna numa puta de trazer por casa e que, curiosamente, os filhos nunca interrompem - eu tb lido com crianças todos os dias, sei o q a casa gasta - são demasiado surrealistas!!!!)A Maria relatou, com mais ou menos verdade, a sua vida e quando quis lucrar com isso, encheu o peito e encarou o touro pelos cornos, ou seja, deu a cara.Também ela tem uma filha, uma família e isso não a impediu de assumir quem era e o que fazia.já tu insistes na compra do teu livro (o que te gera lucros significativos!) mas escusas-te a dar a cara.Assim é muito fácil...assim todos os fariam, se se dessem ao trabalho de pôr a imaginação a funcionar diariamente.Pensa nisso!...CCM
Normalmente os comentários ofensivos não me abalam tanto como este o fez. Podia simplesmente apagá-lo e o assunto estaria resolvido, mas sinto que me devo pronunciar. O Felino já respondeu, mas eu tenho que mostrar o que penso e sinto, também.
Indo por partes, em primeiro lugar, OS MEUS RELATOS SÃO A TRANSCRIÇÃO DAS MINHAS VIVÊNCIAS REAIS, por mais que possa doer a quem não vive o que eu vivo. Se eu tenho a sorte de experimentar o que normalmente só existe nos filmes, então sou afortunada. É só que tenho a dizer. Sim, sou tesuda e apaixonada! (Até o poderia comprovar se me conhecesse pessoalmente, mas não lhe darei esse gostinho!) A Maria é mais realista do que eu, porquê? Por usar mais calão? (Ora Foda-se! - pois, eu também sou capaz de o usar, mas não tenho por norma fazê-lo!) Eu gosto de utilizar uma linguagem mais cuidada, porque a minha formação mo impõe e eu gosto de escrever. Assunto encerrado! E ninguém é obrigado a ler-me, bolas!
Seguidamente, sim, sou uma mãe de família que se transforma numa meretriz quando está a sós com o marido. E os nossos filhos nunca nos interrompem, sabe porquê? Porque às 21h30 no máximo, as crianças, gémeos de 5 anos (já viu a proeza!), já estão a dormir profundamente. Como o conseguimos? Ah, minha amiga: com disciplina, regras definidas e muito amor! Eles respeitam e, acima de tudo, são crianças e porque as crianças precisam de dormir muito, cabe aos pais educá-los, desde pequeninos, para que eles tenham uma rotina saudável! Raras excepções existem, se estão doentes ou com insónias, mas acha mesmo que eu falaria disso aqui? Este blog é sobre sexo, ainda não reparou? Se eu falasse sobre isso, transformaria este espaço num blog infantil e não é isso que eu quero, percebeu? Assunto encerrado, também! Já deu para ver que aqui não há nada de surrealista!!!
Quanto à Maria ter dado a cara e eu não, há uma diferença brutal que não está a ter em conta. Eu sou uma mulher de 30 anos com um núcleo familiar estável, uma actividade profissional dependente e um vasto círculo de amigos que poderiam ser afectados pela revelação da minha identidade. Como se comportaria a minha entidade patronal perante esta exposição? Como seria eu conotada? Ao contrário da Maria, eu tenho muito a perder e ela só tem a ganhar, pois tem apenas 19 anos, a filha vive com os avós e não tem um emprego no qual tenha que ser discreta, responsável e profissional (até tem, mas de uma forma distinta!).
Se eu quisesse lucrar com o livro, acredite que teria feito como ela. Apagava a maioria dos textos do blog para obrigar as pessoas a comprar o livro, se quisessem ler. Eu mantenho os meus posts todos, se bem reparou, embora o livro tenha muitos textos que nunca estiveram no blog. E mais, se quisesse vender muito, fazia muito mais publicidade pois, afinal de contas, eu não ganho quase nada com a venda dos livros. Até hoje, por incrível que pareça, ainda não ganhei um tostão. As coisas não são como imagina, acredite! Pense nisso!
Finalmente, reitero a minha admiração pela Maria, dizendo novamente que aconselho a leitura do seu livro, tal como o meu, porque ambas somos genuínas (de maneiras diferentes) e vale a pena conhecer-nos (vê, já estou a fazer publicidade!!!). Por isso, vá lá…. Corram para as livrarias!!! :-)