Detesto sentir-me na obrigação de dar explicações sobre mim e a minha vida mas, tendo em conta a sucessão de comentários depreciativos que aqui colocam, vou fazê-lo pela última vez.

Todos sabem que sou muito bem casada, tenho dois filhos e tenho uma profissão.

Ora bem, a partir do momento que saiu a reportagem na revista, este blog tem tido um fluxo de visitas muito maior, tendo duplicado em apenas 3 semanas. Eu não convido ninguém a visitar-me, não fui eu quem procurou ser alvo da reportagem, não partiu de mim a ideia de publicar um livro. Eu criei o blog para mim, para registar as coisas boas que eu experimento e é óbvio que não falo de tudo, incondicionalmente. Tenho limites impostos a mim própria e não pretendo transpô-los.

Naturalmente que não falarei aqui do tempo que passo a preparar as refeições da família, a pôr roupa a lavar, a secar e a engomar, entre todas as tarefas domésticas que há a fazer em casa. Quem me lê não é disso que está à espera. E isso são tarefas diárias.

Também tenho um trabalho, sim. Infelizmente não é um trabalho muito compensador que exija de mim ocupação permanente, daí ter imenso tempo para me dedicar a outras coisas. Mas embora o trabalho no escritório esteja sempre em dia, não é suficiente para que me sinta realizada. Daí ter tomado a decisão de não renovar o contrato com esta empresa. E fico por aqui, que eu não devo explicações a ninguém...

Normalmente não demoro mais de 20 minutos a escrever os meus posts, afinal basta-me transpor aquilo que vivo e sou bastante rápida a escrever, não é isso que me tira rendimento. Para além do mais, se repararem, quase nunca consigo responder aos comentários, muito gostaria eu de o fazer, mas o tempo não dá para tudo. Se esta fosse a minha vida, aí todos teriam o feed-back merecido, que, lamentavelmente, não consigo dar-lhes.

Eu não escrevo aqui tudo aquilo que vivo, mas tudo o que aqui é escrito foi vivido por mim. Se as pessoas têm espírito voyeur e o assumem, acho óptimo, porque eu própria criei o meu blog na sequência da visita a alguns espaços como este que eu apreciava.

Se sou repetitiva? Ora bolas... e que mal tem isso? Se eu fosse realmente uma contadora de histórias, certamente colocaria aqui alguns floreados belíssimos, que prenderiam muita atenção (ou talvez não) mas eu apenas relato o que vivo, o que sinto, o que sou. Quem gosta, muito bem, quem não gosta, faça o favor de ir “pastar para outras paragens” porque eu não obrigo ninguém a cá vir. Ah, já sei! Vão argumentar que o blog é um espaço público... Pois é! E daí?

Até hoje sempre permiti que toda a gente comentasse o que queria, independentemente do conteúdo das mensagens. A partir de hoje activei a moderação de comentários. Afinal de contas esta é a minha casa e reservo-me o direito de não gostar que a venham sujar... Quer gostem ou não...

Eu, como gosto muito de mim, continuarei a escrever o que me apetecer, afinal, isto dá-me prazer! E eu nunca digo que não a um bom momento de prazer!!!

Abraço!