UPDATE 28-09-2007
Pelo que vi nos comentários até agora, claro que imaginam…
Há já algum tempo que não andava de comboio, mas optei por esta ecológica solução devido ao cansaço dos muitos quilómetros que já percorrera nesse fim-de-semana. Considerei todas as hipóteses e decidi-me.
Entrei na carruagem praticamente vazia e sentei-me confortável, à espera de poder dormitar um pouco. Pouca gente entrou nessa estação.
Peguei na revista Sábado que trouxera de casa para ler com tempo e fiquei absorta e atenta às realidades que não as minhas. Quando me apercebi, olhando à minha volta, a carruagem enchera de repente, estando cheia de gente cheia de sacos, crianças cheias de doces, mulheres e homens todos transpirados e apinhados. O lugar vazio a meu lado rapidamente foi ocupado por um belo jovem, de cerca de 35 anos, que pediu licença, se sentou e fez um gesto com a mão, como se chamasse alguém. Ela chegou, vindo ao encontro dele e beijando-o longamente. Uma mulher não tão bela como ele, mas com um cabelo farto aos caracóis, nos quais ele afundava os dedos, enquanto insistia para que ela se sentasse no seu colo.
A insistência dele deu os seus frutos, pois ela acedeu a sentar-se-lhe no colo, no entanto surpreendeu-me porque, para quem estava a hesitar tanto, ela encaixou-se perfeitamente em cima da braguilha dele e acondicionou-se para melhor o sentir. Pelo menos foi essa a impressão com que fiquei ao vê-la a remexer as ancas, esfregando-se contra ele, ao mesmo tempo que ele acomodava as mãos debaixo da camisola dela, descaradamente, envolvendo-lhe os seios com ambas as mãos.
Como é natural, eu não os olhava directamente, mas o reflexo da imagem deles no vidro devolvia-me a imagem à qual eu tentava esquivar-me. Estava sozinha, o Felino esperava-me, é certo, mas foi uma tortura ter aquele casal sôfrego e excitado a atormentar-me de tesão, mesmo ao meu lado. O principal problema daquela situação é que, quando eu chegasse à estação aonde o meu maridão me esperaria, iria encontrá-lo exausto, depois de um dia intenso de trabalho. E a excitação que estava a sentir, fazia-me remexer na cadeira cada vez mais, sem me poder tocar, sem poder olhar, sem me poder expressar. Mas suspirei. De tal forma que o casal começou a rir baixinho, no entanto, descaradamente, pois até me fiquei a sentir mal.
Entretanto, ao levantar os olhos para os passageiros de pé no corredor, deparo-me com uns olhos verdes que me fixavam intensamente. Não fixei neles a minha atenção e tentei continuar a olhar para a bela paisagem minhota. Contudo era natural que, para me tentar abstrair do casal tesudo e atrevido ao meu lado, tivesse que dirigir o olhar para outros lugares e pessoas, o que, inevitavelmente, me levava a cruzar o olhar com os olhos verdes do loiro bronzeado, que insistia em me fixar. Penso que ele sentia o meu constrangimento, pelo olhar dele, desafiador, como se me dissesse que, secretamente, ele poderia excitar-me também só de me olhar.
Sentia-me encharcada de excitação, louca para que a viagem terminasse e chegasse a Campanhã finalmente, para me atirar para os braços do meu cansado Felino.
Quando finalmente o comboio parou na estação, o casal “descolou-se” e ele olhou-me directamente, sorrindo-me. SAFADO! Ao pegar na mala, roçou o braço dele na minha perna, sem eu me aperceber se era intencional, mas fiquei incomodada com isso. Que abuso!
O loiro de olhos verdes ainda ficou na carruagem e também me sorriu quando passei ao seu lado, mas eu voei para os braços do meu Amor que me levou para casa e, depois de trincarmos umas sandes (que o cansaço não dava para mais – nem nós quisemos) , fomo-nos deitar.
Juro que estávamos quase a dormir de tão cansados que estávamos, quando senti “algo” a crescer encostado às minhas nádegas …