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segunda-feira, setembro 23, 2013

porquê?

A frustração dela não tem limite.
Ela é jovem, bonita, elegante, profissional competente, mãe dedicada e extremosa, mas, mesmo assim, não se sente realizada.
Tem um marido lindo, que é um pai fantástico para os filhos, um profissional muito carismático e reconhecido que, aos olhos de todos, é perfeito para ela.
Que falta nesta relação, para ela se sentir permanentemente frustrada?
Se, quando vai na rua, todos a olham com desejo, os colegas lhe falam com malícia, embora a respeitem, mas com aquela "fome" que ela lhes vê no olhar, e à qual acha graça, pois nada faz para o provocar…
São, na verdade, o casal perfeito. Estão bem um para o outro, têm uma intensa amizade, uma confiança sólida e gerem bem os seus sentimentos. Assim pensa ela. Não será assim que pensa ele.
Amam-se, sem dúvida. Ela não imagina outro homem a seu lado, ele tem tudo o que ela deseja. Se ele o aplicar, claro! A ela, basta-lhe fechar os olhos e imaginar o cheiro dele, para estremecer de desejo.
Ele, ela não sabe. Mas sente que a ama.
O que lhe falta a ele é a luxúria que nela extravasa. Ela tenta, insiste, provoca, seduz, puxa-o para fazerem amor e ele reage com algumas recusas que a matam. Porque não a deseja ele com a mesma intensidade? Porque têm que se limitar ao afecto carinhosos que lhes enche a alma de conforto, mas priva o corpo de tesão?
Porque razão?
Nas ausências dela, ele procura outro ideal de mulher. E ela sabe-o. Apenas visualmente, pois ela tem a certeza que é só na Internet que ele sacia o desejo com desconhecidas de mamas fartas (que ela não tem!) e que servem de escape para se excitar com algo que ela ainda não compreendeu.
E nem a insistência dela para que ele partilhe as suas fantasias, tal como ela faz com ele, resolvem coisa alguma. Porque ele prefere guardar o seu mundo a sete chaves, não compreendendo que é na partilha que reside o segredo da verdadeira cumplicidade. Como quando ela lhe conta o que ouve na rua, os comentários que lhe dirigem, os olhares de que é alvo, os vídeos excitantes que viu na net e que a deixaram com fome dele… Ou o desejo que sentiu ao ver uma cena lésbica. Porque não? Ela nunca lhe escondeu coisa alguma, ele sempre soube tudo o que lhe ia na cabeça a ela. Porque razão não age ele da mesma forma com ela?
Se se excita com mamalhudas fartas, porque não fala com ela? Ela compreenderia mais e até brincaria com isso, em vez de se sentir magoada ao verificar que, mais uma vez, ele acordou e foi para a net procurar sexo com mulheres assim, em vez de guardar o tesão e dar-lhe uma valente foda, cinco estrelas, quando ela chegasse a casa… Ela própria não tem mamas pequeninas, mas não são o sonho dele. Não imagina ele, de quantos homens ela é o sonho… Enfim…
 
Algumas vezes discutem. É a palavra certa, pois não conversam. Ele começa sempre a discutir pois acha que "esse mundo dele" é algo onde ela não deve entrar. Não lho permite. E ela sente-se magoada.
Frustrada.
Um dia, ela veio falar comigo. Com os olhos rasos de água, veio desabafar comigo. E abriu-me a alma com uma tal força que me senti triste com ela.
Porque é que ele não a deseja como ela merece? Porque não a faz sentir a mulher mais desejada à face da terra? POR ELE! Porque não aproveita cada segundo sozinho com ela para rentabilizar a chama do amor deles? Sim, porque o Amor é alimentado com Paixão e a Paixão com a Luxúria. Que a ela lhe transborda por todos os poros e que a ele lhe falta quando está com ela. Mas não quando vê as mamalhudas na net.
Apetece-me perguntar o que elas têm, que a sua mulher não tem? Elas dão-lhe o quê a mais?
Justifica-se a dor dela se sentir incompleta, ao sabê-lo atraído às escondidas, por outro tipo de mulher?
Se sim, e alguém com mais sapiência do que eu que mo diga, por favor, o que pode ela fazer para ver nos olhos dele o desejo que ela imagina nele ao ver aquelas estranhas?
Porque a escolheu ele, se ela não correspondia ao seu sonho? Depois de tantos anos juntos, porque só agora ela descobriu isso dele? Porque é uma partilha incompleta, o que todos vêm como perfeito?
Se, de repente, ela desatasse a procurar na internet homens negros e extremamente bem dotados, e gravasse compulsivamente vídeos deles para visualizar quando estivesse sozinha, o que sentiria ele?
São as questões que me ficam a pairar na mente.
Ela desabafou.
Eu ouvi.
Mas não a consigo ajudar. Não percebi!
 
Uma Felina.
Uma Leoa.
Dois rabinhos empinados!!!
Um Felino.
Um Leão.
Dois homens... Bem... Dois homens... Maravilhados? Apaixonados? Excitados? Entesoados?... Nem sei que adjectivo atribuir... ou chateados? Ajudem-me... Que adjectivo lhes deverei atribuir?
Hmmmmm...
Miauuuuuu...

que gata, meu Deus...


 
Hoje sinto-me a arder!
Tenho um fogo em mim que não vou explicar, porque não preciso.
Gosto de sentir este fogo: vem de dentro, percorre-me as veias num compasso ritmado e intenso, que me faz ruborescer…
Estou excitada. Acordei excitada. Fui para o trabalho excitada. Trabalhei excitada. Corada. Cuidada.
“Cuidado, Felina… Estás com a cauda de fora. Controla-te! J Esse fogo nota-se!”, pensei eu todo o dia.
E controlei-me!
Estou louca por chegar a casa e apagar o fogo.
E acender o fogo!
O da lareira.
Para me envolver com o Felino e acalentarmos o fogo do nosso AMOR a noite inteira!
J
 

"Deus está no orgasmo"

Edição do kamasutra católico foi apoiada pela igreja polaca
Edição do kamasutra católico foi apoiada pela igreja polaca
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Se fosse para ser queimado na fogueira pelo Vaticano, já teria sido. A constatação é de Ksawery Knotz, um monge capuchinho de 45 anos que anda há dois anos a vender um mais que assumido kamasutra católico. Esta semana, a obra foi apresentada em Madrid, com o apelativo título "No tengas miedo al sexo". Voltou a valer chamadas expressivas na imprensa, já que Knotz não é frugal nas palavras. Um exemplo? "Deus está no orgasmo."

Se só agora se deparou com a ousadia literária, poderá adquiri-la na versão espanhola ao preço especial de 16 euros, no site da madrilena Asociación Cruz de San Andrés, uma das promotoras da edição em Espanha. A apresentação, terça--feira em Madrid, contou com a presença do monge, de origem polaca, disponível para responder às perguntas que desde 2004 têm sido suscitadas pelo livro mais despudorado da Igreja Católica. "Há que acabar com a ideia de que quando se fala de sexo não se fala de Deus", disse durante o evento, no Centro Riojano de Madrid. Sobre a eventual mão pesada do Vaticano, respondeu com leveza: "A igreja aprova os meus textos porque não dizem nada de contraditório. A única diferença é que ela o faz com palavras mais solenes."

A coerência, neste caso, está no facto de o kamasutra católico ter como destinatários casais unidos em matrimónio e desaconselhar o uso de contraceptivos como facilitadores de relações ocasionais, considerando-os mesmo nocivos. Aos casados, tudo é então permitido. "Todos os actos - um carinho, uma posição sexual - que tenham como fim a excitação são permitidos e agradam a Deus", defende Ksawery Knotz. "Os casais casados celebram o seu sacramento, a sua vida em Cristo, também durante o sexo. Chamar-lhe uma celebração do sacramento do casamento eleva a sua dignidade de forma excepcional." Dizê-lo choca muitas pessoas? "Sim", tem admitido durante palestras replicadas com um inevitável chorrilho de declarações. "Choca as pessoas que aprenderam a ver o sexo de uma forma má. É difícil compreenderem que Deus também está interessado numa vida sexual feliz", disse por exemplo em 2009, citado pela BBC.

A pergunta sobre que experiência tem um capuchinho nestas matérias também é recorrente. Ksawery Knotz defende-se com dez anos de aconselhamento matrimonial, onde nunca houve temas tabu - exemplo disso é o site www.szansaspotkania.net, com versão em inglês, onde apresenta incontáveis conselhos. Em 2008 já era notícia pelos seus retiros de fim-de-semana sobre sexo divino, esgotados com um ano de antecedência. No meio de tanta pregação, nunca lhe foi reconhecida nenhuma heresia. Mesmo com saídas destas: "Ter um orgasmo é como ir para o céu."
 
 
 
 

Aprendi que todos os dias podemos trazer algo de bom a alguém.
Aprendi que devo passar mais tempo aqui, no blog, no meu cantinho onde me sinto bem.
Até já!