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quinta-feira, dezembro 15, 2005

Quando eu quero e... ele não! Ou vice-versa!


"Gostaria de saber porque é que o meu marido perdeu o desejo por mim e como faço para reconquistá-lo como no começo do nosso namoro..." Este tipo de questão é levantada em muitas das chamadas revistas tipo MARIA e afins... confesso que eu, também, já senti esta mesma dúvida, mas passa-me depressa. Basta ser atenta e adaptar-me às exigências da vida em comum...


Mas, de qualquer forma, "perdi" algum tempo a ler sobre o assunto e retirei algumas conclusões:


O que acontece quando é tão difícil ter tempo para fazer amor? Será que conseguimos conviver com as diferenças de necessidade, gosto e ritmo de cada um? O que podemos ou não negociar?

O facto de que duas pessoas coincidam em tudo e tenham a mesma vontade de se sentir unidos, com a mesma freqüência e intensidade, pertence ao mundo dos desejos, é quase uma utopia.

"Na realidade, o verdadeiro milagre é que, em algum momento, duas pessoas que se amam e compartem o mesmo tecto, tenham vontade de brincar e de gozar com o corpo, já que, habitualmente, o apetite sexual dos integrantes de um casal difere entre si", diz a sexóloga Elsa Lebram.

Eis alguns exemplos que ajudam a entender quando podemos negociar e quando temos de pedir ajuda terapêutica:

1 Diferenças biológicas
Aquele que tem características de coruja, acostumado a dormir às quatro da manhã, encontra um parceiro que prefere viver de dia e ir dormir cedo. Neste caso, cada vez que a coruja quer sexo (quase sempre de madrugada), só consegue provocar irritação e indisposição no outro. Esta costuma ser uma das diferenças mais complicadas de se modificar e, geralmente, a parte que cede sente que sai a perder.

2 Intensidade e frequência díspares
Sexo diário, cada quinze dias ou uma vez por mês? O que é muito? O que é pouco? Talvez dois encontros por semana sejam suficientes para uma pessoa; e talvez seja pouco para uma outra pessoa. Quando isto acontece, o importante é não misturar os diferentes níveis de apetite sexual com o afecto. Desta forma, evitar-se-ão discussões sem necessidade ou a sensação de que ele já não sente desejo pelo outro (ou que o outro já não o atrai), o que é muito frequente e causa até problemas de auto.estima. Eu, por mim, falo...

3 Um demonstra mais o que sente e o que quer do que o outro
Estas são questões próprias da personalidade de cada um e geralmente têm a ver com a história familiar. Num casal, nem sempre o homem e a mulher têm a mesma forma de se expressar afectivamente. Portanto, não se pode esperar muitos mimos de alguém que não está acostumado a dá-los. Mas, neste ponto, eu considero que o casal cresce ao longo da relação, e isso passa pela adaptação ao outro. Experimentar mudar a forma pré-concebida de tratar as coisas. Se não somos carinhosos, podemos sempre obrigar-nos a sê-lo, e não estar apenas receptivo aos carinhos que o outro nos dá... O amor implica um intercâmbio...

4 Falta de desejo devido a depressão
Quando as preocupações ou o estresse excessivo inibem qualquer tipo de aproximação sexual, é um sinal de que alguma coisa anda mal e merece uma consulta num especialista - pode ser que a ausência de desejo não se resuma ao terreno sexual. Felizmente, isto nunca me aconteceu, normalmente é o inverso que acontece, Se estou deprimida, opto sempre por fazer amor, pois sei que, logo, logo, fico outra vez animada. Não é verdade, Amor?

5 Usar o sexo como vingança
"Ah, agora estás a fim? Esquece, meu querido, ontem ignoraste-me!" Quando um dos dois tenta controlar o outro mediante este tipo de estratégia, em vez de melhorar, a relação só piora. É melhor conversar e ver o que está a acontecer. O pior inimigo do casal é a acumulação de ressentimentos! E isto é verdade, verdadinha! Nada degrada mais qualquer relação, seja de que tipo for, do que a falta de diálogo sincero... e falta de compreensão, obviamente! Algo que eu nunca fiz, se ontem não te apeteceu e eu até fiquei chateada, se hoje te apetecer, eu só posso esfregar as mão de contente e tentar convencer-te de que sexo é sempre bom e até ajuda a aniquilar o cansaço, por estranho que te pareça... Oh, Amor, tu vai por mim....

No entanto, existem casais que, desde o princípio, são incompatíveis. Pretender unir água e azeite é impossível. E, por mais que possa doer, acho que há casais que nem deveriam estar juntos, não concordam?
Felizmente eu tenho a consciência de que as pequenas incompatibilidades que existem em nós, Amor, são muyito pequeninas mesmo, nada que tu e eu não consigamos contornar. Aliás, será mesmo bom a redescoberta de coisas novas que só nos trarão benefícios.

Ainda bem... digo eu!

6 comentários:

FZ disse...

1 Diferenças biológicas
Entre nós não podiam ser maiores.

2 Intensidade e frequência díspares
O segredo é esse mesmo: não misturar sexo com afectos. Quando não há aquele (por qualquer razão pontual) usa-se e abusa-se destes.

3 Um demonstra mais o que sente e o que quer do que o outro
Pontualmente é o que acontece connosco também. Acho natural. Mais uma vez: afectos p'ra cima! Ler ponto #2

4 Falta de desejo devido a depressão
Isso é o que mais me acontece! (a depressão, quero dizer). Se não fosse a minha sócia, não sabia como lhe dar a volta. De qualquer forma não me afecta o desejo sexual.

5 Usar o sexo como vingança
Hehe... Comigo eu diria antes: "Adoro-te quando me bates!!" ;)

Gostei deste teu post. Bom assunto para se abordar. Outra forma de se falar de Sexo... ou de Amor. Vejo (leio/sinto) que está a mudar qualquer coisa em ti (e não me refiro a algo de "mau", OK?)

B'joca grande!

Felina disse...

B'joca grande FZ...
Noto existirem algumas diferenças que te tornam as coisas complicadas, no enntanto, noto também que tu e a tua sócia funcionam bem em sociedade, ou não é assim?

Eu não estou a mudar, o meu discurso é que assume outros contornos. Este blog fala essencialmente de sexo. De sexo com Amor. E sobre isto há muito que falar, podendo eu usar diferentes tipos de abordagem. Espero que seja do teu/vosso agrado...

Beijinhos virtuais!

FZ disse...

É... como em tudo na vida ele "házeas".. as diferenças... Já passámos os dois por muita coisa – boa, má — mas continuamos sempremfran, como dizem os franceses ;D

Sim, funcionamos bem, com os naturais engulhos que por vezes surgem. Sabes uma coisa? Eu conheço a minha mulher desde os 4 anos de idade dela (que tem agora 38). Este pequenino detalhe talvez explique muita coisa...

Quanto ao teu Blog — quanto a TI — continua assim que vais bem. Olha, faz como eu: fala de tudo um pouco e do nada, muito... O resto é sexo (ou falta dele) ;)

Felina disse...

Então: SEMPRANFRAN... (gostei do teu francês!!!)

Esse "pequenino" detalhe, de facto, explica muita coisa! Mas fico feliz pela harmonia que, mesmo assim, transparece!

Gosto muito que me (te) venhas cá visitar (tocar no ponto G!)

ENFIM... EU HOJE ESTOU ASSIM...

DELICODOCE...

FZ disse...

Poix... Já vejo que és melhor a Fancês do que moi... ;)

Desculpa lá o erro sintáctico.

Delicodoce também é bom, ou já te esqueceste daquela dos fluidos, mm?

Anónimo disse...

Here are some links that I believe will be interested